Uma operação conjunta envolvendo a Polícia Militar e o Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), culminou na apreensão de um arsenal impressionante de 183 armas de fogo nesta quarta-feira (20). Entre os itens confiscados, estavam fuzis, revólveres, pistolas, carabinas e espingardas, evidenciando a capacidade e o tipo de armamento que estava sendo comercializado ilegalmente.

A ação foi deflagrada no cumprimento de mandados de busca e apreensão executados simultaneamente em diversas localidades do interior de São Paulo, incluindo as cidades de Atibaia, Paulínia e Americana. A amplitude geográfica da operação sublinha a sofisticação e o alcance da rede criminosa.

Detalhes da Investigação

O principal alvo da investigação era um homem suspeito de ser o cabeça de um esquema complexo de venda de armas de fogo ilegais e certificados de registro falsificados, direcionados a uma poderosa organização criminosa. A comercialização de certificados de registro é um indicativo de que havia uma tentativa de dar aparência de legalidade a armas que, de fato, alimentavam o crime organizado.

De acordo com as apurações, o suspeito é filho de um indivíduo já detido pelo mesmo tipo de crime. Há fortes indícios de que o filho assumiu a liderança do esquema após a prisão do pai, dando continuidade aos lucros ilícitos. O coronel Cleotheos Sabino, comandante do policiamento na região onde os mandados foram cumpridos, confirmou essa sucessão criminosa: “Quando o pai foi preso, o filho teria continuado os contatos com a facção para seguir lucrando de forma ilegal.”

O Ministério Público reiterou que as evidências colhidas são robustas e indicam claramente que o esquema criminoso era um dos principais fornecedores de armas de alto calibre para a organização em questão, representando um sério risco à segurança pública.