Jundiaí registra primeiro caso de intoxicação por metanol
A cidade de Jundiaí confirmou o primeiro caso de internação por intoxicação causada pela ingestão de bebida adulterada com metanol. O paciente está sendo atendido no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV).
De acordo com nota oficial divulgada pelo hospital, o caso foi confirmado pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), localizado em Campinas. A ocorrência já foi comunicada ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e à Vigilância Sanitária municipal, que acompanham o caso seguindo os protocolos estabelecidos para a saúde pública.
Em respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o hospital não divulgou detalhes sobre o estado clínico do paciente.
Metanol: o que é e por que representa um risco à saúde
Ao contrário do etanol, o tipo de álcool utilizado em bebidas alcoólicas, o metanol é altamente tóxico para o corpo humano. Comum na indústria química e presente em produtos como solventes e combustíveis, o metanol se transforma, após ser metabolizado pelo organismo, em formaldeído e ácido fórmico, compostos que afetam gravemente órgãos como olhos, fígado, rins e o sistema nervoso central. Mesmo pequenas doses podem causar efeitos graves, como cegueira, coma e até a morte.
Segundo o Ministério da Saúde, os primeiros sinais de intoxicação podem surgir algumas horas após a ingestão e, muitas vezes, se confundem com os sintomas de uma ressaca. Por isso, é fundamental estar atento aos seguintes sinais:
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Visão embaçada ou turva;
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Dor de cabeça intensa;
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Náuseas e vômitos;
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Dor abdominal;
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Dificuldade para respirar;
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Sonolência excessiva ou confusão mental.
Nos casos mais graves, a intoxicação pode levar à acidose metabólica, convulsões e falência múltipla dos órgãos.