O Hospital Universitário de Jundiaí confirmou, nesta quinta-feira (25), que foi iniciado o protocolo para confirmação de morte encefálica em um bebê de 1 ano e 3 meses, vítima de agressões físicas. A criança permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado extremamente grave, sob ventilação mecânica.

O caso chocante veio à tona na última sexta-feira (19), quando equipes da Polícia Militar foram acionadas para atender uma ocorrência de suspeita de maus-tratos envolvendo uma criança, após a entrada do bebê em estado crítico no hospital. Segundo a equipe médica, o paciente apresentava diversas lesões corporais, incluindo fratura de clavícula, queimaduras na região da cabeça e do pescoço, além de já ter sido transferido em coma, após sofrer quatro paradas cardíacas na UPA Vetor Oeste, de onde foi encaminhado pelo SAMU.

De acordo com informações repassadas pelos profissionais de saúde, essa não era a primeira vez que a criança chegava à rede hospitalar com sinais de violência. Desde fevereiro, o bebê já havia sido internado por mordidas, desnutrição e hematomas nos braços, levantando suspeitas de agressões recorrentes. A médica responsável pelo acompanhamento relatou que os indícios de maus-tratos se intensificaram a cada novo atendimento.

A mãe da criança, apontada como autora das agressões, está presa preventivamente e será indiciada por tentativa de homicídio, segundo confirmou o delegado Rafael Diório Costa, responsável pela investigação. As autoridades também apuram a conduta do Conselho Tutelar, que acompanhava o caso, mas teria perdido contato com a família após uma mudança de endereço não comunicada.

O caso segue sob investigação e levanta questionamentos sobre falhas na rede de proteção da infância. A cidade acompanha, com comoção, o desdobramento da situação.