Morte em Bragança não foi causada por álcool adulterado, aponta Unicamp

2 de outubro de 2025

A morte de um homem de 52 anos, ocorrida em Bragança Paulista após internação por intoxicação, não está relacionada ao consumo de bebida alcoólica adulterada, segundo informou o Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp (CIATox).

A vítima foi encontrada desacordada em 15 de setembro e faleceu 12 dias depois, na Santa Casa local. A suspeita inicial era de envenenamento por metanol, substância tóxica presente em bebidas falsificadas, mas exames apontaram a presença de hidrocarbonetos, indicando possível intoxicação por thinner, solvente frequentemente usado em oficinas.

De acordo com o coordenador do CIATox, Fábio Bucaretchi, o homem tinha histórico de uso crônico de solventes. “Não há elementos que apontem para ingestão de bebida adulterada neste caso”, afirmou.

Apesar da exclusão do caso de Bragança Paulista, o estado de São Paulo segue em alerta. Já foram registrados 17 casos suspeitos de intoxicação por metanol, com cinco mortes, sendo uma confirmada por ingestão da substância. Os casos estão ligados ao consumo de bebidas falsificadas vendidas informalmente.

O Ministério da Justiça emitiu uma recomendação urgente para que bares e comércios suspendam a venda de bebidas com sinais de adulteração. A orientação inclui verificar lacres, rótulos, aparência das garrafas e origem fiscal do produto.

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