Lei contra fiação solta não é fiscalizada, e morador se arrisca para resolver problema em Cabreúva

7 de outubro de 2025

Na Rua Pernambuco, no bairro Jacaré, em Cabreúva, um morador precisou subir no próprio carro para afastar fios caídos em frente à sua casa. Com as mãos, ele improvisa uma solução para evitar acidentes. A atitude expõe o descaso com a segurança da população.

A imagem, além de simbólica, escancara um problema antigo e conhecido: a desorganização e o abandono dos fios em postes da cidade. Mesmo com legislação específica para tratar do tema, nada mudou nos últimos quatro anos.

Lei existe, mas não é cumprida

Em 2021, a Câmara Municipal aprovou a Lei nº 2.271, que obriga empresas de telefonia, internet e energia a manterem os cabos organizados e identificados. O texto deu prazo de 180 dias para retirada de fios inutilizados, alinhamento adequado e identificação de toda a fiação.

A lei também estipulava multas que poderiam chegar a 500 UFESP por metro de fio irregular, e exigia que situações de risco fossem resolvidas em até 24 horas.

Na prática, porém, a legislação parece ter sido ignorada.

Risco segue nas ruas

Em 2025, quase quatro anos após a aprovação da lei, a situação é praticamente a mesma (ou até pior). Em vários bairros de Cabreúva, fios baixos, enrolados em árvores ou pendurados perigosamente continuam fazendo parte da paisagem.

Moradores afirmam que, mesmo após diversas reclamações, nenhuma ação efetiva é tomada pela Prefeitura. “Não é que demoram, é que não fazem nada”, desabafa um dos residentes da região do Jacaré.

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